_ desejo... é ver um texto meu em cena... no teatro... dramaturgia... por isso quero sair aí testando coisas... já escrevi algumas... se são boas ou ruins eu não sei... sei o que eu quero com elas ou delas... enfim... que esse seja meu drama daqui pra frente...
por onde andará meu pensamento...
Me espanto, me assusto e me alegro com os caminhos que de vez em quando encontro nos meus pensamentos...
domingo, 26 de abril de 2009
Drama
_ pensando um pouco ontem, pensei: por que não arriscar mais a escrever? que as pessoas que leiam minhas coisas que me digam para apagar o que for horrível, jogar no lixo... ou deixar as coisas perpetuarem um pouco por aqui...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Desmaio.

As árvores espalham o perfume da fruta da temporada. As flores se abrem em constante harmonia e beleza, deixando o Parque amarelo, roxo, vermelho, rosa, verde e laranja. As azaléias, os lírios, as rosas, as begônias, os cravos, as margaridas, os ipês, os coqueiros. A chuva do dia anterior deixara o ambiente ainda mais agradável, as águas do lago estavam calmas e o sol brilhava por entre as folhas das árvores. Seu Dumerval já está no parque. A Aninha faz a sua caminhada diária. O mendigo da esquina tenta pegar uma fruta. O José Carlos chega com o algodão doce. O passarinho canta. Eu acabo de entrar no parque ainda sem saber tudo o que acontecerá comigo. A primeira coisa que eu faço é observar a minha sombra na água. Vejo meus olhos castanhos, meus cabelos, minha boca, minha camisa amarela, minha calça jeans, só não vejo meus sapatos, mas posso garantir que eles são pretos e sem verniz. De repente, não sei bem porque, alguma coisa me faz olhar para trás, e eu olho.
Olho e não tenho muito foco das coisas que eu vejo, vejo tudo e ao mesmo tempo nada, vejo vultos. Aos poucos, coisa de segundos, eu já consigo distinguir em meio a todas aquelas imagens, aquela a que eu devia olhar com todo o meu amor. Uma mulher. Jovem. Linda. Muito mais bonita que a Aninha. Ela vem em minha direção. E eu continuo paralisado, sem ação. Escuto o canto dos pássaros e os passos da minha amada. Não é amor à primeira vista. É amor. Só e simplesmente, como jamais senti. Algo que me faria fazer qualquer coisa. Inexplicável. Dou-me conta, então, de que ela já está a poucos metros de mim. Linda. Vindo em minha direção. Fecho os olhos como que com medo de encarar o meu amor que era muito puro de longe. Todo o meu medo era quebrar com essa atmosfera que me envolvia. E mais uma vez os meus olhos olharam sem eu nada poder fazer para impedir. E eu a vi na minha frente. E senti o seu abraço. De olhos fechados não pude acreditar que abraçava alguém. Ao abrir os olhos eu a vejo na minha frente e desmaio.
(Passa-se o tempo)
Abro os olhos. O que vejo é o céu sem nuvens, azul e uma luz forte que deve ser o sol. Parece que estou ainda no parque, mas não tenho coragem de saber isso. Um passarinho passa na minha frente e eu me levanto com seu impulso voador. O que vejo é o parque. O seu Dumerval, a Aninha, os outros ainda estão aqui. Eu posso ver cada um. Menos a mulher que me fez cair em sono profundo não sei por quanto tempo. Ouço uma voz sussurrada que diz:
_ Você precisa de ajuda?
Era ela.
Pude ver nos seus olhos o meu amor. Respondi:
_ Agora estou bem. Não esperava que você fosse me dar aquele abraço. Achei que você estaria somente nos meus sonhos, porque eu jamais iria chegar para te dizer um “oi”. Você é tão linda. Perdoe-me o desmaio, mas você sabe que essas coisas a gente não controla. Deixe-me levantar.
Levanto-me e olho nos fundos dos seus olhos, e vejo uma mulher que não consegue entender as minhas palavras.
_ Me desculpa, mas eu não estou entendendo. Era eu quem estava parada aqui quando de repente você veio correndo, eu fiquei paralisada de medo, não consegui reagir. Você chegou mais perto e então me abraçou. Não entendi, mas me aliviou um pouco. Acreditei que você não queria mal a mim, e então quando fui te perguntar o que aquilo significava você desmaiou. Apagou. E permaneceu cinco minutos assim. Acho que os mais longos minutos da minha vida.
Eu não podia acreditar. Aquelas palavras não podiam ser verdade. Ela estava era com vergonha de dizer que quis me abraçar, e que fez isso num ato sem pensar. E como eu havia desmaiado ela poderia aproveitar para me enganar.
_ Pode dizer que te deu uma vontade súbita de me abraçar e você fez isso. E agora está morrendo de vergonha.
_ Você está doido? Você é que tem que assumir o que fez. E me pedir desculpa ainda por cima.
Penso, então: um dia vamos saber o que de fato aconteceu aqui, no entanto não sei se isso é importante nesse momento. Tudo o que eu quero é abraçá-la novamente. E acho que é isso que ela quer também. Abraçamos-nos ali mesmo. E a gente não se soltou até agora.
_ Ai meu Deus!
Ela acaba de desmaiar. Cinco minutos.
Desejo.
Percorria toda a extensão do seu corpo sem vida. Limpava cada parte com cuidado. Me deliciava com o poder de dominar um corpo. Atrás da escuridão sombria na noite de céu estrelado, avistei claramente os olhos castanhos, com as sombras dos cílios, da mulher, do corpo que agora era meu. Somente meu. O cheiro de suor e de perfume me conduzia novamente aos seios de minha mãe, mas ela não me abraçava, não podia por estar morta. Percebo que o frio que me toma é o frio real. Saio do transe e fico enjoado ao ver a boca vermelha de sangue da minha mulher nua. Sorria com sua expressão feliz, mas não posso mais deseja-la. Procuro o desejo que se perdeu no real. Me levanto. Vou-me embora. Procuro o meu corpo e só encontro devaneios. Vejo as suas imagens belas. São fotografias. Mas não apareço nelas. Estou ausente de mim mesmo. Invejo os homens. Procuro corpos ausentes como o meu. Encontro. Desejo. Rasgo. O pão nosso de cada dia.
deixa...
Deixa o sorriso que um dia você vai encontrá-lo...
O sorriso é o futuro... Mesmo que não seja agora... O sorriso é um acaso... às vezes você encontra e fica grudado nele... às vezes não...
É preciso aprender a deixar o sorriso grudado... Junto. Colado. Feito tatuagem. Uma tatuagem na face.
Hoje eu pensei qual o caminho deveria fazer... A gente pensa sempre e muito... Queria percorrer meu caminho, em busca do sorriso, sem muito pensar...
Dizem que o sorriso se esconde no acaso.
E o acaso foge da razão. E a razão está grudada em mim.
Você diz isso como uma coisa que dói. Mas isso não dói. Saber o lugar do sorriso já é ser campeão. Agora é simples. É só encontrá-lo.
Se eu soubesse que ele poderia escapar tão facilmente... Naquele dia, naquele lindo dia em que ele marcou minha face, deformou meu rosto, iluminou minha alma... Eu deveria, sim, eu deveria tê-lo grudado em mim. Mas como?
Naquele dia... Naquele dia aquele seu sorriso não ficou porque você o rejeitou... É verdade, você disse: "Será?" Como você pode perguntar "será" ao sorriso? Ele havia te preenchido, era claro e você diz, “será?”. Eu também não o tenho comigo... Não que eu não quisesse. Mas é que comigo não aconteceu.
Dizem que pelo menos uma vez na vida acontece.

Eu nunca saltei sobre a cama.
Muitas pessoas não saltaram. E chega um tempo, chega um tempo em que saltar sobre a cama fica muito dificultoso. Esse comportamento parece não ser digno de você naquele momento... Como? Quem julga o que é digno? Saltem sobre a cama. É só isso que eu digo. E sem medo... Saltem sobre a cama sem medo que quebrá-la... Por que se isso acontecer será uma dádiva do acaso e motivo para muitos sorrisos...
Saltem sobre a cama. Enlouqueçam.
Eu queria sair por aí enlouquecido. Gritar, sentir, pegar, beijar, sorrir (risos)... Que queria sair por aí enlouquecendo... brincando e varrendo, e cortando... e regando... e amando... e pulando... e dançando... e cantando... e fazendo aquilo que eu quisesse fazer... por que pra que a vida senão para fazer aquilo que o acaso prepara?
Por que pra que a vida senão para fazer aquilo que o acaso prepara?
Um sorriso.
(sorrindo) Os planos do acaso se farão para nós... De algum jeito... de algum jeito... sorriam sem forçar nenhum sorriso... é algo do acaso... por que vocês estão aqui... lendo ou escutando isso... porque? É o acaso... deixa vir o sorriso... ele toma conta de você... Agora, gruda nele... Gruda nele... E enlouqueça... com o sorriso na face... enlouqueça... deixa tomar conta... feche os olhos sinta os músculos da face tomando cada parte... os olhos ficando menores... olhos um pouco embaçados pelas lágrima que sai com o sorriso... feche os olhos e sinta.
E gruda...
Não esquece de grudar... De convidá-lo para voltar sempre... que viva o acaso... Que venham histórias, casos, sorrisos... Que a lua abra um sorriso, que o gato sorriso, que o bebê sorria, que o homem deixe o acaso de manifestar... Deixe o acaso se manifestar em cada momento... e a cada momento um sorriso... como o de agora a pouco... o de agora... não importa o motivo... não questione o motivo... assim é o sorriso... o riso... o mundo...
E se não é assim?
E quando não é assim?
Porque não é assim?
Pergunte ao acaso... E acredita que isso aqui também é um acaso... esse encontro de nós dois, esse encontro de nós mesmos, esse encontro com todos nós... esse encontro com o acaso...
Um sorriso.
Uma lupa.
Um olhar.
Um guindaste.
Um passante.
Uma pétala.
Um biscoito.
Um encontro.
Acasos... sorrisos... histórias... memórias... pessoas... e sorriso... e acasos... casos... histórias... pessoas... encontros... ah, e sorriso... sorrisos... gente... encontros... memórias... lugares... palavras... lugares... imagens... retina... sentidos... sentido... loucura... acaso... loucura... desejo... desejo... amor... amor... história... sorrisos... memórias... acasos... lugares... memórias... acasos... sorrisos...
O sorriso é o futuro... Mesmo que não seja agora... O sorriso é um acaso... às vezes você encontra e fica grudado nele... às vezes não...
É preciso aprender a deixar o sorriso grudado... Junto. Colado. Feito tatuagem. Uma tatuagem na face.

Hoje eu pensei qual o caminho deveria fazer... A gente pensa sempre e muito... Queria percorrer meu caminho, em busca do sorriso, sem muito pensar...
Dizem que o sorriso se esconde no acaso.
E o acaso foge da razão. E a razão está grudada em mim.
Você diz isso como uma coisa que dói. Mas isso não dói. Saber o lugar do sorriso já é ser campeão. Agora é simples. É só encontrá-lo.
Se eu soubesse que ele poderia escapar tão facilmente... Naquele dia, naquele lindo dia em que ele marcou minha face, deformou meu rosto, iluminou minha alma... Eu deveria, sim, eu deveria tê-lo grudado em mim. Mas como?
Naquele dia... Naquele dia aquele seu sorriso não ficou porque você o rejeitou... É verdade, você disse: "Será?" Como você pode perguntar "será" ao sorriso? Ele havia te preenchido, era claro e você diz, “será?”. Eu também não o tenho comigo... Não que eu não quisesse. Mas é que comigo não aconteceu.
Dizem que pelo menos uma vez na vida acontece.
Será?
Você disse “será”? E eu senti um leve movimento em seus lábios.
O momento pode ser qualquer não tem como a gente prevê. Não tem como a gente olhar e descobrir. É o acaso. E nós não sabemos lidar com o acaso.
O momento pode ser qualquer não tem como a gente prevê. Não tem como a gente olhar e descobrir. É o acaso. E nós não sabemos lidar com o acaso.
Um dia eu estava em casa. Aparentemente sem fazer nada. Naquele dias em que você chega em casa, pula sobre a cama, liga o som, baixinho... e deixa a música entrar... deixa o som e os pensamentos passarem e reverberarem pelo seu corpo... Deixa o acaso agir e de repente... você está com a máscara no rosto... Não é sempre assim... E talvez se vocês fizerem isso de caso pensado pode ser que ele não venha. Então esqueçam isso... Esqueçam e deixem que o acaso trabalhe para que um dia vocês saltem sobre a cama...

Eu nunca saltei sobre a cama.
Muitas pessoas não saltaram. E chega um tempo, chega um tempo em que saltar sobre a cama fica muito dificultoso. Esse comportamento parece não ser digno de você naquele momento... Como? Quem julga o que é digno? Saltem sobre a cama. É só isso que eu digo. E sem medo... Saltem sobre a cama sem medo que quebrá-la... Por que se isso acontecer será uma dádiva do acaso e motivo para muitos sorrisos...
Saltem sobre a cama. Enlouqueçam.
Eu queria sair por aí enlouquecido. Gritar, sentir, pegar, beijar, sorrir (risos)... Que queria sair por aí enlouquecendo... brincando e varrendo, e cortando... e regando... e amando... e pulando... e dançando... e cantando... e fazendo aquilo que eu quisesse fazer... por que pra que a vida senão para fazer aquilo que o acaso prepara?
Por que pra que a vida senão para fazer aquilo que o acaso prepara?
Um sorriso.(sorrindo) Os planos do acaso se farão para nós... De algum jeito... de algum jeito... sorriam sem forçar nenhum sorriso... é algo do acaso... por que vocês estão aqui... lendo ou escutando isso... porque? É o acaso... deixa vir o sorriso... ele toma conta de você... Agora, gruda nele... Gruda nele... E enlouqueça... com o sorriso na face... enlouqueça... deixa tomar conta... feche os olhos sinta os músculos da face tomando cada parte... os olhos ficando menores... olhos um pouco embaçados pelas lágrima que sai com o sorriso... feche os olhos e sinta.
E gruda...
Não esquece de grudar... De convidá-lo para voltar sempre... que viva o acaso... Que venham histórias, casos, sorrisos... Que a lua abra um sorriso, que o gato sorriso, que o bebê sorria, que o homem deixe o acaso de manifestar... Deixe o acaso se manifestar em cada momento... e a cada momento um sorriso... como o de agora a pouco... o de agora... não importa o motivo... não questione o motivo... assim é o sorriso... o riso... o mundo...
E se não é assim?
E quando não é assim?
Porque não é assim?
Pergunte ao acaso... E acredita que isso aqui também é um acaso... esse encontro de nós dois, esse encontro de nós mesmos, esse encontro com todos nós... esse encontro com o acaso...
Um sorriso.
Uma lupa.
Um olhar.
Um guindaste.
Um passante.
Uma pétala.
Um biscoito.
Um encontro.
Acasos... sorrisos... histórias... memórias... pessoas... e sorriso... e acasos... casos... histórias... pessoas... encontros... ah, e sorriso... sorrisos... gente... encontros... memórias... lugares... palavras... lugares... imagens... retina... sentidos... sentido... loucura... acaso... loucura... desejo... desejo... amor... amor... história... sorrisos... memórias... acasos... lugares... memórias... acasos... sorrisos...

segunda-feira, 6 de abril de 2009
rastros
Sensação
Estava só. Talvez acompanhado por anjos que ali estavam. Estar só nesse momento e naquele lugar representava mais do que estar simplesmente só. Significava experimentar de um universo até então desconhecido. Significava ser...
Não sei bem ao certo o momento em que aquela mão me tocou. Só sei que juntos, eu e aquela sensação, vivemos os melhores momentos das nossas vidas.
Quem me dera poder recruzar os caminhos e saber que aquele toque haveria novamente.
Só isso...
Estar a altura de receber de novo a companhia de uma sensação.
Maravilhosa presença esta que de repente sumiu e eu me vi sozinho, não mais só acompanhado...
Ah... Depois de todo o acontecimento descobri que nada é na verdade o que importa.
Quem diria que eu na minha cama, no escuro do quarto, no silêncio de uma noite sem lua, pudesse ser acompanhado por uma sensação.
Não sei bem ao certo o momento em que aquela mão me tocou. Só sei que juntos, eu e aquela sensação, vivemos os melhores momentos das nossas vidas.
Quem me dera poder recruzar os caminhos e saber que aquele toque haveria novamente.
Só isso...
Estar a altura de receber de novo a companhia de uma sensação.
Maravilhosa presença esta que de repente sumiu e eu me vi sozinho, não mais só acompanhado...
Ah... Depois de todo o acontecimento descobri que nada é na verdade o que importa.
Quem diria que eu na minha cama, no escuro do quarto, no silêncio de uma noite sem lua, pudesse ser acompanhado por uma sensação.
Partir.

Quando partires não leves embora o meu coração. Preciso dele para viver. Se partires não leves os meus beijos, nem os meus abraços, eles serão meu porto seguro neste mundo. Partindo, não leves apenas o meu coração, os meus beijos e os meus abraços, me leve junto para que juntos possamos nos roubar todos os dias as partes fundamentais de nós mesmos para que nunca mais nos separemos. Juntos, o mundo sofrerá a inquietude de nossas almas juntas e lutará para separá-las. Irresistivelmente nossas almas vão se separar, o mundo é mais forte. E sem beijos, sem abraços e sem coração, ousaremos dizer que agora amamos e poderemos até roubar beijos e abraços sem ter os mesmos para serem roubados. Por fim, digo apenas que o mundo sofre porque ele é o responsável pelo sofrimento. O sofrimento de ver tantos corações, abraços e beijos à procura dos seus donos. Procura que jamais se findará.
05 de ...

Sabe, hoje o dia passou tranquilo. Tranquilo como eu queria que passasse a vida.
_Bom dia! eu disse.
_ Bom dia! Eles disseram.
Sorrisos, entremeados de olhares livres, abertos, calmos. Bonito. O que eu via era simples e bonito.
Mas agora meu coração apertou. Você sabe, o coração aperta quando a agente não espera. Comigo é sempre assim. Sempre. Apertos inesperados. Sufocamente repentino. E o prenúncio de uma lágrima nos olhos.
A vida. Comemorar e festejar uma vida. Sorrir. Abraçar. Ter esperança. Comigo é sempre repentino também a esperança. Esperança súbita. Mas que me leva.
Hoje eu acordei pronto pra vida. E vou dormir com receios do que ela prepara pra mim. Há sufocamente e esperança. Eles se anulam e eu fico no nada.
Hoje eu queria te contar uma história. Queria ir para o micro ou para o macro. Mas o meu eu me prende em mim mesmo. E eu já não tenho forças pra lutar. Obrigado por me ouvir. De verdade. quando você chegou eu pensei: _Ainda bem! (Foi essa a hora da esperança). E foi aí que eu disse _Sabe. Tranquilo.
Porque eu sou daqueles que gostam de eufemismos. Sim, eu sou. Eu sou daqueles que se enganam. Que se sabotam. Eu sou daqueles que dizem que o dia foi tranquilo.
Pode parercer estranho mas eu insisto: eu queria contar uma história. Uma história de crianças. Daquelas que surpreendem a gente pela energia, pela simpatia, pela graça, pela vida. Eu queria te contar da vida na criança. Falar um caso engraçado, como o da menina que tem ciúmes dela meam no espelho. Falar de sonhos, de apresentação na escola, de filmes, de promessas, de descobertas, de vida. É isso, eu queria contar uma história de vida.
Mas meu ser está um pouco sem vida pra isso. Não. Ele está muito sem vida pra isso. Eu estou muito sem vida pra isso. eu estou muito. Muito. Muito cheio de saco do eufemismo barato. Muito sem acreditar no homem. Na vida. É isso. eu não confio no homem pra lutar por ele. Nem sei se confio em mim, pra lutar por mim mesmo.
Me desculpa. Eu queria escrever algo que trouxesse uma esperança ao menos súbita. Mas acho que minhas palavras só trazem sufocamento. A minha esperança súbita é que você não seja como eu. Que você se chateie com pessoas como eu e vá a luta pra tentar "esperançá-las". Eu torço para que você, nesse silêncio, possa esperançar o coração do homem. Possa esperançar meu coração. Como eu tentei aqui mas não pude. Era preciso que eu dissesse isto. E apenas isto.
_Bom dia! eu disse.
_ Bom dia! Eles disseram.
Sorrisos, entremeados de olhares livres, abertos, calmos. Bonito. O que eu via era simples e bonito.
Mas agora meu coração apertou. Você sabe, o coração aperta quando a agente não espera. Comigo é sempre assim. Sempre. Apertos inesperados. Sufocamente repentino. E o prenúncio de uma lágrima nos olhos.
A vida. Comemorar e festejar uma vida. Sorrir. Abraçar. Ter esperança. Comigo é sempre repentino também a esperança. Esperança súbita. Mas que me leva.
Hoje eu acordei pronto pra vida. E vou dormir com receios do que ela prepara pra mim. Há sufocamente e esperança. Eles se anulam e eu fico no nada.
Hoje eu queria te contar uma história. Queria ir para o micro ou para o macro. Mas o meu eu me prende em mim mesmo. E eu já não tenho forças pra lutar. Obrigado por me ouvir. De verdade. quando você chegou eu pensei: _Ainda bem! (Foi essa a hora da esperança). E foi aí que eu disse _Sabe. Tranquilo.
Porque eu sou daqueles que gostam de eufemismos. Sim, eu sou. Eu sou daqueles que se enganam. Que se sabotam. Eu sou daqueles que dizem que o dia foi tranquilo.
Pode parercer estranho mas eu insisto: eu queria contar uma história. Uma história de crianças. Daquelas que surpreendem a gente pela energia, pela simpatia, pela graça, pela vida. Eu queria te contar da vida na criança. Falar um caso engraçado, como o da menina que tem ciúmes dela meam no espelho. Falar de sonhos, de apresentação na escola, de filmes, de promessas, de descobertas, de vida. É isso, eu queria contar uma história de vida.
Mas meu ser está um pouco sem vida pra isso. Não. Ele está muito sem vida pra isso. Eu estou muito sem vida pra isso. eu estou muito. Muito. Muito cheio de saco do eufemismo barato. Muito sem acreditar no homem. Na vida. É isso. eu não confio no homem pra lutar por ele. Nem sei se confio em mim, pra lutar por mim mesmo.
Me desculpa. Eu queria escrever algo que trouxesse uma esperança ao menos súbita. Mas acho que minhas palavras só trazem sufocamento. A minha esperança súbita é que você não seja como eu. Que você se chateie com pessoas como eu e vá a luta pra tentar "esperançá-las". Eu torço para que você, nesse silêncio, possa esperançar o coração do homem. Possa esperançar meu coração. Como eu tentei aqui mas não pude. Era preciso que eu dissesse isto. E apenas isto.
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