por onde andará meu pensamento...
Me espanto, me assusto e me alegro com os caminhos que de vez em quando encontro nos meus pensamentos...



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E por que assim esse jeito todo rápido de pensar?

Para Luna Clara & Apolo Onze.

No início num era assim não. Era calmo, tranqüilo e até sem urgência na vida. Mas isso um dia chega. E a vida pega um dia pra levar, puxa pelas costas, de mão dada, pelo pé... de todo jeito... e leva! A vida num brinca com a gente, a gente é que brinca com ela. E quando ela resolve resolver num tem jeito...

Aí, começou... anda pra lá e pra cá, de um lado pro outro, pirueta, perua, pirado... de uma hora pra outra já num dava mais pra chegar na calmaria da casa, da rede, do conto. Era tudo corrido, apressado, como bem sabe fazer a vida, a urbana, é claro. Certamente, ele devia estar no lugar errado, pois estar ali assim não combinava, não dava, não colava, nem rimava. Tinha algo esquisito, desajustado, digamos. O que devia de haver? Questão difícil...

As coisas num todo, assim no geral, tem propósito de existir e de ser... Mas e se quando parece desajustado? Tá errado ou vai achando o acerto? E ele foi achando... Achou dinheiro, achou fortuna, achou desejo, achou ganância, achou determinação, achou luta, esforço, reconhecimento, alegria: tristeza. Acontece. Se não se acha pelo mundo esse imundo de ser, é que não foi no mundo, e se é esse o propósito, que se aprenda com discernimento.

Daí a saber que o bom e o ruim são dois. Que o amor e o ódio são separados. E que tristeza e alegria não se dão. E que quase sempre, um puxa o outro como cabo de guerra e joga o outro derrotado para mergulhar na lama do desgosto. Que um e outro, sabem bem das coisas... Mas não é tão difícil perceber logo que o que é bom é bom, e o que é ruim é ruim. E então começa a melhorar...

Faz coisa boa ali, colhe boa lá. Não foi bom lá, deu problema cá. E assim vai. Na balança do mundo que não falha e que todo sofrimento espalha. Até o fim... Com o justo acertado, o caminho marcado e o amor no peito. As escolhas já feitas, as respostas já dadas e balança balançada. Dito e feito, pronto e realizado de todo modo. E que daí pra frente o sujeito dê conta do recado.

Uma canção (de amor?)

Será que o mundo vai parar
quando eu te encontrar?
Será que vai ser
o dia de esquecer
tudo o que passou?
Eu
Que sigo ainda assim meio perdido
Que vejo o seu olhar meio escondido
Já sei que é o tempo de parar
De deixar, de me livrar, de virar...

Aquele que busca, que corre, que vai e volta,
que chega, que sai,
que inunda, que invade, que chora,
que perde a hora, que encontra, que cai...
Aquele que grita, que fala, que amansa, que trança,
que pesa, que dança,
que canta, que diz, que dorme, que enrosca,
que cheira, que come, que encanta, que fui...

Aquele que o amor prometeu e jurou
ser filho da vida e do encanto da flor
dos olhos de um sonho de amor
transformado em um pouco de dor...

obs.: não era pra ser assim, mas saiu assim...


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

escrevo.

depois leio e pergunto:
fui eu mesmo que
escrevi
isso?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oração de Sabedoria . . .

Como se uma onda de loucura e gozo invadisse meu corpo de vida, imagens que flutuavam na imensidão das minhas palavras batidas. Na mesma composição harmônica da natureza pura, o meu eu quer encontrar... na onda que bate na pedra, que o conhecimento me invada, me inunde, me eleve. É a filosofia dos olhos, a arte dos cílios, o brilho da vida saltando em cada linha de palavra escrita...
Quero que me invada e quero invadir. Com toda a glória do desejo profundo e amor na arte transbordante. Ode à vida. À arte. Ao conhecimento. Um brinde a beleza da descoberta, ao prazer do domínio, a vida que conhece.
Senhor dos conhecimentos múltiplos permita que eu possa conhecer o mundo e as criações dos homens já feitas. Senhor que conhece e guarda todo conhecimento, senhor que guarda as fórmulas de composição de cada cor do espectro. Senhor que domina todas as línguas. Peço que me preencha de sabedoria, riqueza e brilho, para desfrutar das descobertas luminosas e me afastar de trevas podres. Iluminai, senhor do conhecimento, essa minha alma almejante, esse meu delírio de luz e essas minhas mãos desejosas. Que dos meus braços saiam paixões, que da minha boca saia luz, que dos meus pés se plantem árvores de branco e que eu possa viver...
Que eu possa me despreocupar com o "sobreviver" e posa viver a magia da vida nas suas riquezas não-materiais. Senhor dos livros e dos segredos ocultos, revela. Revela pra mim esses mistérios divinos, essas contribuições desejosas de cada alma que como eu buscou a luz do conhecer com o motivo de viver intensamente.
Dai-me força e inteligência para a descoberta, para as tarefas conhecedoras de si próprias. Iluminação. Luz. O acender as luzes vai lento, mas vai acendendo. Quero tudo claro, branco, amoroso e em paz como eu sinto que pode ser. Que seja em paz luminosa e amor sem igual esse caminho que traço pelos caminhos que me trouxeram. E que seja grande, cheia e leve essa cabeça que tem sede, muita sede de conhecimento.
Por tudo isso, Senhor do saber, eu peço com humildade sabedoria. Senhor do alargamento da consciência, Senhor do entendimento, entendei...

domingo, 14 de novembro de 2010

ah! se eu conseguisse que você me percebesse...

é que eu não consigo te passar esse estado por aqui... e nem pessoalmente, eu sei... se me visses, pensarias com certeza que sou um qualquer sem habilidade com palavras... e sou mesmo!!! exatamente assim... o que me faz sorrir? esse seu jeito de me olhar... ou melhor, o meu jeito de te olhar... mesmo sem saber quem és, por onde andas, o que fazes, e tudo isso... te olho de longe e me apaixono de pouquinho, mancinho... assim também são todos os outros pelos quais me apaixono todos os dias, homens, mulheres, velhos, crianças, como são apaixonantes todos vocês seres humanos do século XXI...

de minha parte, fica a certeza de um brilho nos olhos, de um frio na barriga constante, de um frescor fresco, de uma poesia inacabada, de um não saber sabendo especial, de um clichê repetitivo, fica a certeza de uma vida acontecendo, seja nas palavras ditas, nos pensamentos escritos, nas ações contidas, no caminho traçado... fica a certeza de um amor pelo ser, de um amor por mim, de um amor por você, de um amor... que por mais que se diga é preciso que se diga de novo, porque é difícil de entender...

o amor (não o amor que dizem por aí) é o que realmente importa...

The Julie/Julia Project

Ah...
Peço licença aos caros leitores que nunca comentam nesse blog para publicar algo que passa no pensamento mais racional.
"Julie e Julia" é sensacional... pelo menos é o momento de identificação total pra mim: culinária, França, blog, livro...

Coloquei Caetano pra ouvir...

E isso tudo faz a gente pensar no futuro... tem um mundo pra ser descoberto... as coisas acontecem com uma velocidade e uma precisão incrível... a vida acontece... e o conhecimento chega... quero conhecer... não vou dizer que como Julie quero ser escritor (talvez queira sim ser dramaturgo), mas quero ser lido... seja por quem for... um futuro viajante à França, apaixonado por comer, prestes a descobrir que os franceses comem comida francesa habitualmente, a todo momento (rs.)...
E isso faz brilhar os olhos... que as coisas aconteçam e que eu me encontre apaixonado pelas coisas, justamente, que daqui a pouco estarão diante dos meus olhos... ah! é isso que eu acho maravilhoso...
Por coincidência absoluta tive uma aula sobre Rimbaud, com um poeta chamado Wilmar, que me disse que não posso passar mais um dia sem ler Rimbaud... aprendizado, descoberta e ânimo... é o conhecer que me move... e repetindo o que já disse aqui, de um grande pensador do teatro, o francês Antonin Artaud: "Não desejo mais do sentir o meu próprio cérebro!".

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

bem-vindo à vida...

bem-vindo querido.
saiba que dentro de cada um de nós os mundos existentes brilham com força e coragem...
obrigado pelos esclarecimentos prestados... a cada olhar, a cada momento, a cada passo...
é fato, e isso nós sabemos bem, da importância dos fatos ocorridos... brilha minha alma, brilha meu corpo... nesse algo bonito de ser e viver, nessa circunstância mesclada de sorrisos e lágrimas...
tem a cada momento uma surpresa... um silêncio choroso, um olhar amoroso, uma cumplicidade com essa companhia que é você... poderíamos dizer que estou mergulhado, vendo as coisas por fora, mas sobretudo sentindo sem muito saber...
obrigado por tudo... seja bem-vindo novo DHM... é tempo de mudança... seus olhos mudam, sua voz, seu corpo, sua luz... é tempo de evolução... de compartilhamento... de choros e risos... bem-vindo... faça o bem... e que seja doce... obrigado por me preencher assim... eu de mim mesmo...
viva! bienvenue... o mundo se abre... a consciência também... que venha a vida pura e tranquila de cada dia... está sendo um prazer...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lá, lá, lá lálá...
lá lá.
lá;
l-a-´

domingo, 17 de outubro de 2010

e passeando pelos meus pensamentos encontrei você... seja bem-vindo...

au futur.

Não é que eu me sinta só, não é isso... É que eu me sinto só...
Diante das coisas passadas, futuras e presentes, as coisas que escuto me fazem chorar... ouço Gustav Holst. Vênus. Eu poderia chorar agora se eu quisesse... eu poderia te dizer, por exemplo, que eu sinto a sua falta mesmo você ainda não tendo estado aqui realmente. E mesmo que eu dissesse alguma coisa diferente disso, que dissesse que eu sinto a sua falta, que eu te espero e que eu me sinto só, eu acho que isso não seria o bastante... Você lerá essas palavras? Alguém as lerá?
Isso não significa uma grandiosidade pura e simples de um ser pequeno com medo da vida e da solidão que parece assombrar... isso significa também um estado... na meia luz, dentro desse quarto frio e branco, me parece interessante dizer as palavras de ânimo... aquelas que você me dirá quando nos conhecermos e eu estiver triste...
Você me dirá, por exemplo: te amo ou "je t'aime", como queira... E, sim, isso fará diferença. E isso será mais que uma simples palavra de ânimo. Será uma palavra de vida, palavra de futuro, palavra de sempre.
Un jour, peut-être nous irons savoir comme la vie nous a préparé pour ce moment-ci. Je pense qui sera très rigole. Bien, la vérité ce qu'aujourd'hui je veux te dire, même si tu es là, très loin, mais très proche au même temps. Je veux te dire qu'un jour nous irons regarder nôtre yeux, un de l'autre, et que ainsi nous irons rester toujours ensemble... et cela est important, ensemble... ensemble... Hier, pendant je chantais dans la fenêtre, j'ai vu une étoille et je l'a demandée une chose. Je ne peux pas parler ce que je l'ai demandée... mais je peux dire que ça c'est très important pour toi aussi...
Et aujourd'hui je vais souvenir les mots calmes et adorable que tu me vas dire au futur... merci pour ces mots jolies et aimables... merci pour être dans ma vie, même que dans le futur...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Como se uma onda de loucura e gozo invadisse meu corpo de vida, imagens que flutuam na imensidão das minhas palavras batidas. Na mesma composição harmônica da natureza pura, o meu eu quer encontrar... na onda que bate na pedra, que o conhecimento me invada, me inunde, me eleve. É a filosofia dos olhos, a arte dos cílios, o brilho da vida saltando em cada linha de palavra escrita... Quero que me invada e quero invadir. Com toda a glória do desejo profundo e amor na arte transbordante. Ode à vida. À arte. Ao conhecimento. Um brinde à beleza da descoberta, ao prazer do domínio, a vida que conhece.
Senhor dos conhecimentos múltiplos, permita que eu possa conhecer o mundo e as criações dos homens já feitas. Senhor que conhece e guarda todo o conhecimento, senhor que guarda as fórmulas de composição de cada cor do espectro. Senhor que domina todas as línguas. Peço que me preencha de sabedoria, riqueza e brilho, para desfrutar das descobertas luminosas e me afastar de trevas podres.
Iluminai, senhor do conhecimento, essa minha alma almejante, esse meu delírio de luz e essas mãos desejosas. Que dos meus braços saiam paixões, que da minha minha boca saia luz, que dos meus pés se plantem árvores de branco e que eu possa viver... Que eu possa me despreocupar em "sobreviver" e possa viver a magia da vida nas suas riquezas não-materiais.
Senhor dos livros e dos segredos ocultos, revela. Revela para mim esses mistérios divinos, essas contribuições desejosas de cada alma que, como eu, buscou a luz do conhecer com o motivo de viver intensamente.
Dai-me força e inteligência para a descoberta, para as tarefas conhecedoras de si próprias.
Iluminação. Luz.
O acender as luzes vai lento, mas vai acendendo. Quero tudo claro, branco, amoroso e em paz como eu sinto que pode ser. Que seja em paz luminosa e amor sem igual esse caminho que traço pelos caminhos que me trouxeram. E que seja grande, cheia e leve essa cabeça que tem sede, muita sede de conhecimento.
Por tudo isso, Senhor do Saber, eu peço com humilde sabedoria. Senhor do alargamento da consciência, senhor do entendimento, entendei...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

um brinque...

e de todo esse amor que transborda na qualidade do homem... um sentimento que às vezes nem é assim, tão assim... mas que de uma hora pra outra, num segundo preso no ar, num espaço solto, numa vida com e sem sentido... não escrevo para fazer sentido agora... quero soltar essas coisas que ficam meio presas... mas, é fato. não tenho que dar satisfação de meus escritos...
seja assim então... que uma hora de brinde seja igualmente comparada a uma hora de amor... que o que se chama comemorar seja igualmente entendido como a satisfação dos seus lábios... e que o dito não seja simplesmente passado batido porque não tem um senso perfeito... mas que a inconstância e urgência e talvez a espontaneidade brinquem com as palavras e façam os sentidos que tem que ser feitos...
um brinde às palavras perdidas... um brinde ao amor que salta... um brinde ao silêncio musical... um brinde à vida... que de tão vida vive... solta, brilha, brinca... pelos caminhos de uma cruzada guerreira, de uma batalha ganha, de uma vitória perdida... um brinde a mim... um brinde a você... um brinde aos seus sonhos... um brinde aos meus sonhos... um sonho passado, que o futuro marca para sempre nos instantes de luz... vida! pelas estradas obscuras desse mundo perdido encontramos... nós mesmos... numa luz nossa, num amor nosso, numa paz nossa... essa conjugação de sonhos... livre pela alma dos sonhos... sabedoria de orquestra, de harmonia perfeita, de encontros armados, de gentes, de homens, de graças... e eu rio... num rio de história... que é pouca, mas já deu pra construir um rio de lágrimas... porque a contradição é a alma do presente, a força da história, o desejo dos séculos... a contradição vagabunda que insiste em se contrapor aos nossos caminhos... mas eu não me contradizo, nem dizo... quero ser a favor... um brinde pra quem é a favor... a favor do bem e do homem...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Não é o amor, mas os arredores é que vale a pena."

Escrito a mais de um mês... não sei porque, nem onde...:

Ah... Dói? Se doí. Ele quer saber se dói.
Na verdade o que eu queria te dizer é que a vida da gente é uma coisa das mais absurdas.
De repente cada coisa se desajeita e você fica perdido. Colocando ponto final ou vírgula onde não tem.
Costumo dizer que eu estou confuso. O que é isso mesmo? Bem, é sem saber nada. Ao mesmo tempo que acha uma coisa, acha outra e assim por diante. Acontece? Sim. Acontece. E aí? e aí que eu não sei.

Mas eu sei de uma coisa: que eu não quero continuar como está. E então disparo para a mudança em coisas passíveis de mudança. Como sempre eu busco vigor. Energia. Impulso vital. Do qual tanto já falamos em nossas conversas particulares. Quero risco. Quero impulso. Quero o novo. Quero tudo. Quero nada. Quero querer. Quero desejar. E lutar com força pelo meu desejo. A conquista. Em qualquer âmbito. Não sei. Quero que seja forte. Quero que me dilacere. Que me provoque. Que me leve por caminhos desconhecidos por que isso aqui eu já conheço. Af. Eu me canso fácil. E não é a primeira vez que constato tal fato. E é..., a monotonia pode aparecer a qualquer momento.

domingo, 18 de julho de 2010

meio assim, assim...

Desorganizado.
É impressionante como a gente se desorganiza. Ou como eu me desorganizo.
Bom saber, é claro, que eu estava organizado, mas me sustentar assim sem centro, sem nexo, sem norte, sem sul, solto, é difícil...
de repente comecei a me desencontrar...
Como é que é isso de encontro mesmo?
De tanta coisa que se figura na nossa frente, de repente as coisas vão te penetrando e não mais harmoniosamente. Você perde o controle total. Invasão. Guerra. Interna, é claro.
Meu pescoço está lá, minha cabeça aqui, meu pé direito lá na esquerda e vice-versa. Meus ombros sumira. Meus dedos não se articulam. Meus olhos sambam como crioulo doido na cavidade. Meu coração sem ritmo. Meu ser *$&#*$*@&#*#$&@!...
Puxa...
Nem dá pra escrever... tenho uma testa franzida que olham para o computador com desagrado... preciso sair de casa... vou viajar... comprar uma Nutella... comer comida japonesa... brindar com suco... e dormir... e dormir... hoje dormi bastante... não sei se eu mesmo ou meu eu lírico...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Essa é a questão.

um. dois. três.
um dois três
um. dois. três.

"O ciclo anda em espiral. A terra roda." Eu rodo.
Como uma formiga que não consegue sair do círculo.
Repito. Me repito.
Rodo em direção ao mundo. Por lugares que não conheço.
Mas eu mesmo não me adapto e aprendo muito.
Me repito a mim mesmo. Como um clone de uma mesma vida. De um ano antes. De um mês antes. De um dia antes.
Me clono e não aprendo direito.

Num ciclo. Rodo. Piro. Alguém me tira.
Giro. Giro. Giro.
"O planeta azul tomba mas não derrama."

Caminho. Já sei de caminhos que percorrerei.
Outros mundos. Novas línguas. Experiências. Descobertas.
Vida. Medo.
Repetirei os mesmos erros?
Por quanto tempo?
O que de mim se avista lá na frente é o mesmo de hoje ou é mudado?

Na imensidão desse lugar vazio do meu quarto, driblo meus pensamento com palavras e metáforas. Jogos. Me engano. Me distraio. Pra não sofrer com a responsabilidade da ação. Pra não brigar com meus atos impensados e minhas ações super-analisadas. Racional. Sempre. Sem impulso. Ou com um superego grande demais.
Não entendo disso de ego, idi e etc.
Mas vale um pássaro na mão do que dois voando.
Vomito palavras. Não me importo se sujo.
Je ne sais pas. Pas. Pas. Pas. Il faut changer!
Rien. Rien. Rien.
Merde.
"Pour que l'amour me quitte"...

Não quero escrever em francês.
Tenho um futuro grande pela frente.

Vale a pena sofrer pelo hoje?
Essa é a questão.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Até que...

Até que o silêncio se cale.
Até que água escorra.
Até que o grito ressoe.
Até que o passo ande.
Até que a mão escreva.
Até que o chão sustente.
Até que o beijo se molhe.
Até que...
Eu vou até que alguma coisa aconteça.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Escrevo...

"14.
Saber que será má a obra que se não fará nunca. Pior, porém. será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. Essa planta é a alegria dela, e também por vezes a minha. O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou me não basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda vida." (PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego.)

sábado, 3 de julho de 2010

Uma pequena história de mofo.

"Sim, deve ter havido uma primeira vez." (C.F.A)

E ele como bom funcionário que era não permitia que nada desviasse sua atenção ou te tirasse do foco. O trabalho não era lá dos mais difíceis, mas exigia um pouco de concentração, afinal... se você erra um cálculo tudo se perde a partir daí...
E era sempre tranquilo, apesar da confusão no intervalo, da hora do rush do banheiro da sala, da impressora com defeito, do técnico engraçado, da troca da lâmpada, da faxina e etc.
Sim... era tranquilo, pelo menos pra ele.
Ele era sozinho, não muito amante de bares, boates e coisas do tipo. Péssimo paquerador, com pouquíssimo jeito para conquistas arrebatadoras e com uma espécie de medo dessas conquista até.
A primeira vez que nos vimos, ele cruzou o espaço da sala e me olhou meio assustado, com um olhar de estranhamento com que frequentemente se dá quando alguém não deve estar naquele lugar, naquela hora.
Eu pensei que de fato aquele não seria o melhor lugar para se trabalhar a vida inteira, mas que talvez pudesse conhecer pessoas novas, ter alguma experiência no "mercado de trabalho" e que enfim pudesse tirar algum proveito daquele lugar.
O lugar. Cadeiras sujas, duras e velhas. Mesas um tanto desgastadas, algumas com porta-retratos, outras com muitos papéis... alguns computadores velhos, outros mais novos e as impressoras - trilha sonora daquela sala - aquelas impressoras que demoram horas para imprimir e fazem um barulho infernal. A Matilde acreditava realmente que eram muito mais econômicas e que de forma alguma prejudicariam o andamente (lento) dos trabalhos.
Matilde foi a primeira que eu conheci. Pequena, gorduchinha, com cabelos tingidos de ruivo e que não combinavam com o seu rosto, uma pinta que seria sexy em outro rosto, um sapato de salto que fazia muito barulho no chão da sala quando caminhava e as roupas de quem quer ser bonita mas não consegue. Simpática, no entanto. Em alguns momentos, é claro, mas sobretudo no início e naquele primeiro dia depois da entrevista...
_ Bom dia!
_ Bom dia Everaldo, a sua mesa é aquela ali.
E foi só. Que simpatia. Nada de apresentações, nada de nada. Seguiu seu caminho.
Segui, então, em direção a minha mesa e sentei. Só. Foi nessa hora que um olhar de estranhamento bateu sobre mim. Eu pensei que aquele lugar não fosse para se trabalhar... E ele veio até a mim. Meio desconcertado, sem jeito.
_ Bom dia.
_ Bom dia.
_ Augusto.
_ Everaldo.
_ Essa é minha mesa.
_ Desculpa.
_ A sua é aquela outra.
_ Desculpa.
_ Não tem problema.
_ Desculpa.
_ Tudo bem.
_ Tudo bem.
_ Tudo bem.
_ Tudo bem.

Ah! Me encaminhei completamente vermelho e sem graça para a mesa indicada. Sentei. Olhei de frente e dei de cara com a Carminha que fazia um sinal com a cabeça como que dizendo: _ Não se incomode, ele é assim mesmo. Ela estava de vermelho. Era a mais velha. E nesse meio tempo entrava Matilde com seus sapatinhos cruzando a sala. Reparei no mofo que tinha na parede da esquerda, ainda pequeno, mas capaz de dar início a minha alergia. Congelei. Ela tinha nas mãos vários papéis. A minha mesa não tinha computador. Ela depositou os papéis sobre a mesa.
_ Preciso de fechar essas contas, bem, você sabe como é, né?! Então você faz as contas, bem, e quando for 16h vai na minha sala pra me mostrar, tá?! Hoje ainda, bem.
E foi.
_ Ah... e seja bem-vindo.
Olhares de todos pra mim.
_ Obrigado. Eu sou o Everaldo.
_ Carminha.
_ Antonio.
_ Clotilde.
_ Antonio Moura.
_ Jurema.
_ Augusto. Já nos conhecemos.

Olhei para todos, que imediatamente voltaram para seus afazeres. Menos ele. Augusto me olhava inquieto.
_ Desculpa. Eu estava meio preocupado e nem percebi a forma como falei com você. Essa mesa é minha, eu tenho alergia a mofo e tenho que ficar na janela.
"Eu também tenho alergia a mofo", pensei.
_ Sem problemas. Eu disse.
_ O seu computador foi concertar. Disseram que chegaria ainda hoje. Mas parece que você vai ter outro serviço hoje.
_ É.
_ Fique a vontade e se tiver algum problema...
_ Obrigado.
_ Disponha.
_ Obrigado.
_ Disponha.
_ Obr...

Essa foi a primeira vez de muitas conversas, encontros e despedidas. Que nos marcariam profundamente para o resto de nossas vidas. Saí daquele lugar em seis meses e junto comigo saiu Augusto. Ele não conseguia mais trabalhar, errava os cálculos e solicitava a minha ajuda sempre. A proximidade veio com o acaso, com o destino e com o amor.

"Além disso, não consigo dizer mais nada, embora tente desesperadamente acrescentar mais um detalhe, mas sei perfeitamente quando um lembrança começa a deixar de ser uma lembrança para se tornar uma imaginação." (C.F.A.)



sábado, 26 de junho de 2010

A verdade é que escrever isso é a minha mais pura realidade cruzada. Cruzada de mim mesmo. Escrever é me encontrar num outro ponto. E como tenho necessidade disso: escrever. Ontem, perto das 20h, quando a lua já tinha posicionado direito e as estrelas já ocupavam bem o espaço, ouvi um canto de tristeza e de dor. E era bonito. Sobretudo bonito. Não que eu admirasse a beleza da dor ou coisa do tipo, mas aquilo bateu em mim e me fez flutuar em ondas sonoras mais belas que o barulho dos carros, dos ônibus, das vozes aflitas, dos motores, computadores e das dores do mundo. Dores não ditas, não admitidas; dores amargas e constantes num mundo machucado. Essa voz era de dor, mas expurgava de todo o corpo as possíveis mágoas, os possíveis (reais) nós. Desfazia. Desatava. Canto. Canto e desato os meus nós. Canto pra mim, pra minha alma, pra minha vida. E de canto em canto, por todo canto quero viver a paz de uma dor aliviada. Almejo e espero o canto. Vivo. Canto.

domingo, 18 de abril de 2010

Série identidade II


A convivência parece dificultada pela falta de jeito com as coisas e com as palavras.
Irônico. Bem, irônico.
Mas fico meio torto, às vezes... ou bem torto, na verdade... desconcertado.



Antigamente, eu de fato não falava nada, e eu não queria falar nada, afinal estudar era o importante.
Hoje eu continuo falando muito pouco, mas acho que falar é mais importante hoje do que antes.

Sim, falar é importante. E não é falar por aqui, na escrita, sem um interlocutor presente ou conhecido. Sim, é difícil.

Até pouco tempo eu não sabia rir. Bem, estamos avançando sou capaz de gargalhar hoje. Ponto pra mim. Mas quero mais, preciso de mais. Esse silêncio não me basta mais.

O francês é bom. Eu falo em francês. A França me salvaria dessa mudice?

Bem. Identidade II: Eu sou mudo. Objetivo: _ C'est necessaire un changement!!!



quinta-feira, 15 de abril de 2010

Série identidade I

Queria escrever algo sobre a minha identidade...
Ela é: MG 9 578 392
Bem, mas não é só isso...
E sempre tenho um "MAS".

É, eu sou uma "mas".
E quando eu era pequeno, era bom... pois sempre que eu queria escrever "mas", eu escrevi "mais". Isso era bom... Ao invés de negar a frase anterior, eu acrescentava algo a "mais"...

Sempre mais, mais, mais... e nunca esse menos que só a conjunção adversativa sabe dar... Mais uma coisa pra se dizer, anotar e registrar... eu me transformei do mais ao mas... quero voltar para o mais.

Identidade 1 - Voltar para o mais.

domingo, 4 de abril de 2010

Joyeux Anniversaire.



pour comprendre meilleur comme est faire deux petit canards dans lac...

Bien, je suis en train d'écrire en français ici, parce que je dois essayer de faire ça. En juillet 2010, j'ai envie d'aller au Festival D'Avignon, et je pourais y aller seulement si je gagner le concours de slam. C'est pour ça que je suis en train d'écrire beaucoup en français.

Cansei. por que não era isso que eu queria dizer (hihi)... esse é meu bordão... mas enfim o título dessa postagem é sobre um aniversário. Um aniversário de 22 anos. Mais propriamente o meu aniversário.
Sim, a frase acima quer dizer "para entender melhor como é fazer dois patinho na lagoa"
Rá. Il y a un moment que a gente tem que tomar uma postura. Nada demais, mas nada de menos também. Eu cresci e isso é fato, nem triste, nem feliz também. A experiência me seduz da mesma forma que a juventude, mas a minha juventude é meio velha e não é sabia. Rá. Ça, c'est le problem. Je suis jeune et je suis vieux au même temps. Comment? Je ne sais pas. Mais j'ai eu une posição firme maintenant, je veux changer, je veux être jeune. Não que isso signifique me vender pra tudo que aparece, mas desfrutar do "poder e da beleza" da minha juventude. Como já disseram aqueles que nos mandaram passar filtro solar. Coisa que j'ai fait aujourd'hui le matin. Bien, je pense qu'aujourd'hui je veux faire cet registro ici, pour me obrigar a cumprir esse propósito todas as vezes que olhar para esse texto.

être jeune.
ser jovem.
C'est ce que je veux pour cette prochaine année qui comencé pour moi amanhã!
Que vivam os propósitos e eu ao mesmo tempo...

Joyeux Anniversaire!

domingo, 28 de março de 2010

ah se eu pudesse, se eu soubesse, se...

Eu queria contar uma história. Gosto de histórias.
Certa vez ouvi algo sobre um sujeito que não sabia se entrava na piscina ou se se molhava na ducha. Bem, o que isso tem haver? pensemos... Esse cara, sujeito, indivíduo, atuante, (dependendo da área de vida que você pertencer) planejava sua ação com precisão. Analisa as coisas, programava as consequências da ducha e da piscina. Ele tinha necessidades... E ele encarava cada coisa com uma seriedade... sofria, até, por isso... por ser correto, honesto e respeitoso... ele queria entrar na ducha ou na piscina, só isso... enquanto outros se esbanjavam de alegria e fervor realizando ações menos nobres a seu ver. E mesmo assim, ele entedia tudo aquilo com tranquilidade. Cada um na sua, pensava. Por fim, decidiu entrar na piscina. Considerando a ducha muito "individual"... E correu, e saltou e entrou na piscina. Mas lá não havia ninguém... Estava só... E os cálculos feitos, e as programações e o futuro? Não saía como planejado... Era pra ter alguém na piscina. Ele então, se sentindo só naquela imensidão de água saiu e correu para a ducha: individual. Mesmo mais tarde, quando enxergou alguém na piscina, teve medo. De que assim que pulasse, esse alguém saísse... como já tinha acontecido várias vezes... e ele ficou na ducha.

quinta-feira, 25 de março de 2010

pas de sens...

Oui, aujourd'hui c'est un jour pour dire quelque chose que tu ne vas jamais dire... Pour moi, pour toi, pour tout. Quelque chose...

Je peux dire, par exemplo, que je ne sais pas écrit bien en français. Et que dans cette petite nouvelle peut avoir beaucoup de chose sans sens... Et c'est ainsi quand quelqu'un est en train d'apprendre une langue. Je suis en train d'apprendre le portugais. Je pense que cette langue peut me donner le monde entier... Car tout le monde le parle... Ça c'est vrai: tous parlent... Et moi, non... Je ne sais pas pourquoi, parce que le portugais c'est facile... J'en sais... Et ça c'est amusant...

Tu sais la différence entre moi et toi? Il y a quelque chose de différent? Combien des ans as-tu? Moi, j'ai 21. Je pense que c'est une bonne âge pour sortir dans la rue sans sens, pour manger un terrine, pour vivre avec quelqu'un, pour être heureux... Qu'est-ce que tu pense? Non? Ah, je sais bien que quand tu avais cette âge tu parlait des choses comme ça... Et qu'un jour, un jour d'avril, tu a parlé ses choses à tous les personne et que personne t'entend... pourquoi? parce que tu était très jeune... Ah, mon Dieu... Comme c'est la vie... Comme c'est cette vie sans sens que nous continuons avec peur... moi, j'ai peur... oui... je peut te dire sans peur... parce que j'ai peur de la vie... pas de la vie... mais j'ai peur des personnes que vivre ici avec moi... pas tous... seulement la pluspart que je ne connais pas... et quelqu'un que je connais aussi...

Bien, je suis en train d'aller... je dois étudier le portugais... mais, ne pensez pas à ses choses... elles n'ont pas de sens...

Mais, je veux te dire quelque chose plus: elles sont vrai aussi...

terça-feira, 23 de março de 2010

A-caso

"Às vezes me espanto e me pergunto como pudemos chegar a tal ponto sem a menor tentativa de resistência" (C.F.A.)

"Eu. Às vezes eu me encontrava perdido, às vezes me encontrava tranquilo e às vezes eu nem sequer me encontrava." (D.H.M.)

Uma dia aproximando de um lugar calmo e tranquilo, ele pensava até que ponto poderia suportar essa situação. Não que estivesse insuportável, mas alguma coisa dizia que em algum momento ficaria insuportável. Se tivesse força para afastar no momento oportuno talvez tivesse feito, por achar que era o mais sensato. E ele sempre queria ser sensato. Mas não teve forças.
Afinal, se é verdade que devemos valorizar o momento presente, porque motivo abandonar o barco por motivos futuros? De fato, uma lógica mais ou menos interessante mantinha aquilo que se poderia chamar de amor.
Eles se encontravam mais ou menos nos mesmos dias e horários, não porque quisessem, mas porque a rotina de um esbarrava na rotina do outro. Ela sempre sorrindo, ele sempre cantando. Aparentemente uma harmonia, aparentemente vidas conjuntas, aparentemente o amor.
E eles dizem que de certa forma foi amor durante um tempo. Não sei dizer se o período de amor dele coincidiu com o período de amor dela: porque essas des-coincidências acontecem... Mas o fato, é que por alguma momento o que se sentiu um pelo outro era real e sincero, e porque não dizer: sensato (como ele gostava).
Mas os dias passam. O sorriso não é o mesmo, a música é sempre outra mais melancólica e assim, um turbilhão de vida passando e eles levando como se estivesse tudo bem... Sem resistir aos sufocamentos e as dores presentes. Não sei até que ponto eles tinham consciência disso também... E se tinham, fazer o que?
O tempo ia passando... A situação era aparente. Já tinha até deixado de ser situação, quando um decidiu fingir e manter a situação ainda mais e disse: _Eu te amo!.
Não, ela mesma disse que não o amava e não sabe porque disse isso naquele dia chuvoso, enquanto assistiam um filme de terror e comiam pipoca. Mas é fato: ela disse!!!
E apesar de todas as coisas, um dia, um momento, uma fala, um olhar, alguma coisa, mesmo que falsa, se parece verdadeira, muda tudo. E foi o que aconteceu... Ele acreditou. Depois ele falou alguma coisa, aí ela acreditou também. E começaram a falar e acreditar um no outro. Eles disseram depois, os dois, um sem saber a resposta do outro, que o amor deles nasceu de uma mentira. Uma mentira daquelas...

sábado, 13 de março de 2010

Mais um dia...

Eu acordo.
Ontem depois daquela chuva, depois daquele jeito mal dormido no sofá, depois daquela música ao fundo (até agradável), eu tentei captar o que era e o que poderia ter sido.
E nas piores projeções que me vieram a mente, eu sorri. Afinal, estava deitado numa cama macia, com um colchão recém comprado, dentro de uma casa com alguns cômodos, com um computador, banheiro, comida, etc. E apesar de sozinho no meu quarto, ali perdido nas minhas projeções, tocou o meu telefone.
Não que isso melhore tudo, faça uma grande mudança nos estados de nossas almas, nas nossas melancolias, nos nossos desesperos. Mas é um carinho. Cada passo certo uma confirmação, um carinho, um afago, um abraço. Quase como um reforço positivo mesmo.
Foi aí que a música pode entrar nos meus ouvidos com mais suavidade, foi aí que o circo ficou mais bonito (deu até vontade de ir ver), foi aí que o sorriso das crianças me arrebatou, foi aí que o sol pode raiar um pouquinho.
Pouco ainda. Mas é preciso que o dia se aproxime e me leve dessa escuridão. A noite é calma mas sabe ser dura. É bela mas sabe assustar. O dia não... o dia é pra cima, auto-astral, quente... Não sou noturno. Se eu fosse, tudo seria diferente. Nem melhor, nem pior. Diferente.

sexta-feira, 12 de março de 2010

E hoje...

Me encontro a soltar palavras...
Elas nascem do fundo meu ser, não tão fundo, nascem da barriga.
Dessa dor de angústia.
Até pensei em ouvir uma música.
Mas não é bem isso.
Você sabe que eu tenho costume de ficar assim.
E quando fico venho logo a encher os seus ouvidos.
Ah! Me desculpe.
Ou não me desculpe se quiser,
Sabendo que continuarei a dizer.
Pois preciso. Il faut. J'ai besoin.
E não me venha dizer que o francês te irrita.
Nem disse nada.
Estou cada vez mais egocêntrico.
Desculpe. Ou não se quiser.
Mas estou assim mesmo.
Acontece.
E passa eu espero.
E passa eu espero
E passa eu esper
E passa eu espe
E passa eu esp
E passa eu es
E passa eu e
E passa eu
E passa e
E passa
E pass
E pas
E pa
E p
E


2010/2012


Não é que eu não queira...

Às vezes as coisas precisam ser esclarecidas... eu quero... mas (e sempre tenho um mas) é que as coisas estão confusas nesse ano... estão mais duras... parece que não acontecem enfim...

Certa vez, ouvi a história de um um ser sem rumo. Que vagava em muitas direções, percorria muitos caminhos e não sabia ao certo qual caminho seguir. Por isso seguia todos com medo de errar... Não acertava nunca... E não acertou no final da história.
Alguém acerta? Como saber?

Estou tentando não roer mais minhas unhas. É doloroso. Mas tenho tido muitos progressos, confesso. Sem falsa modéstia. Tenho me preocupado menos com as palavras e com os outros. Não seria melhor roer as unhas? Estou estranho. Sabe aquela sensação de que o mundo vai te engolir a qualquer momento. Pois é... É o que parece...

São tempos difíceis. Difíceis por que são, são tempos de viver e o meu cansaço ainda novo está com dificuldades... Completar ciclos, vencer etapas, pular barreiras... Tempos difíceis...

É sem dúvida verdade que a dificuldade está nos olhos de quem vê e que os cegos não possuem dificuldade. Isto é uma falácia. Um típico exemplo de uma falácia tal qual a falácia que é esse mundo. Tal qual a falácia que é minha vida. Tal qual a falácia que é o mundo e o fim deste em 2012. Você acredita na profecia de 2012? Se chegaram a fazer esse profecia, então é verdade.

Mas não era sobre isso que eu queria dizer... ou era, porque tenho por meta deixar as palavras saírem, mesmo que confusas e prolixas... Elas não sabem se ler... Acontece. Mas talvez fosse mesmo da falácia de nossas vidas que eu queria dizer... porque,

"O biscoito é feito de água e sal. O mar é feito de água e sal. Logo, o mar é um grande biscoitão."