Ontem depois daquela chuva, depois daquele jeito mal dormido no sofá, depois daquela música ao fundo (até agradável), eu tentei captar o que era e o que poderia ter sido.
E nas piores projeções que me vieram a mente, eu sorri. Afinal, estava deitado numa cama macia, com um colchão recém comprado, dentro de uma casa com alguns cômodos, com um computador, banheiro, comida, etc. E apesar de sozinho no meu quarto, ali perdido nas minhas projeções, tocou o meu telefone.
Não que isso melhore tudo, faça uma grande mudança nos estados de nossas almas, nas nossas melancolias, nos nossos desesperos. Mas é um carinho. Cada passo certo uma confirmação, um carinho, um afago, um abraço. Quase como um reforço positivo mesmo.
Foi aí que a música pode entrar nos meus ouvidos com mais suavidade, foi aí que o circo ficou mais bonito (deu até vontade de ir ver), foi aí que o sorriso das crianças me arrebatou, foi aí que o sol pode raiar um pouquinho.
Pouco ainda. Mas é preciso que o dia se aproxime e me leve dessa escuridão. A noite é calma mas sabe ser dura. É bela mas sabe assustar. O dia não... o dia é pra cima, auto-astral, quente... Não sou noturno. Se eu fosse, tudo seria diferente. Nem melhor, nem pior. Diferente.
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