Escuto France Gall.
Os cartões postais na parede me lembram do passado e de uma história (histórias) marcadas na raíz do meu corpo, nas veias, no sangue, na alma...
Antes de dormir, com os olhos lacrimejados de algum sono ausente ou de alguma dúvida constantemente presente... Antes de colocar a cabeça no travesseiro e refletir sobre a vida escrevo na tentativa, na busca de um esclarecimento que oriente, acalme, dê força e me guie...
Se não se escreve não se pensa ordenadamente e se não se pensa ordenadamente se pensa desordenadamente... desordem nada saudável para o pobres neurônios que sofrem com o processamente de dados.
Voltar. Alguma coisa assim passava pela sua cabeça enquanto andava pela cidade onde crescera e que já não tinha mais o cheiro de infância, nem a calma, nem a paz de cidadezinha de interior... o mundo ficou ainda maior nos últimos tempos e a cidade também... Voltar e encontrar cada um... suas vidas, seus caminhos, suas permanências... fiquei ou parti? parti... e então... mudamos, mudados, mundanos, mundos, descobertas de terras novas...
Escrevo sem nenhum engajamento... quero ser mais uma vez metalinguístico talvez na intenção de justificar minha incapacidade de escrever o que não se escreve... Não escrevo o que sinto. Gaguejo. Estremeço. A vida não é, nem será mais a mesma... os mundos são outros... os tempos são e serão sempre outros... moi, je dis tout simplement que maintenant je n'ai aucun problème de vous écrire comme ça... je fais des erreurs aussi, désolé... ça arrive, han... mais voilà, Paris me manque et c'est tout!
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