por onde andará meu pensamento...
Me espanto, me assusto e me alegro com os caminhos que de vez em quando encontro nos meus pensamentos...



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E por que assim esse jeito todo rápido de pensar?

Para Luna Clara & Apolo Onze.

No início num era assim não. Era calmo, tranqüilo e até sem urgência na vida. Mas isso um dia chega. E a vida pega um dia pra levar, puxa pelas costas, de mão dada, pelo pé... de todo jeito... e leva! A vida num brinca com a gente, a gente é que brinca com ela. E quando ela resolve resolver num tem jeito...

Aí, começou... anda pra lá e pra cá, de um lado pro outro, pirueta, perua, pirado... de uma hora pra outra já num dava mais pra chegar na calmaria da casa, da rede, do conto. Era tudo corrido, apressado, como bem sabe fazer a vida, a urbana, é claro. Certamente, ele devia estar no lugar errado, pois estar ali assim não combinava, não dava, não colava, nem rimava. Tinha algo esquisito, desajustado, digamos. O que devia de haver? Questão difícil...

As coisas num todo, assim no geral, tem propósito de existir e de ser... Mas e se quando parece desajustado? Tá errado ou vai achando o acerto? E ele foi achando... Achou dinheiro, achou fortuna, achou desejo, achou ganância, achou determinação, achou luta, esforço, reconhecimento, alegria: tristeza. Acontece. Se não se acha pelo mundo esse imundo de ser, é que não foi no mundo, e se é esse o propósito, que se aprenda com discernimento.

Daí a saber que o bom e o ruim são dois. Que o amor e o ódio são separados. E que tristeza e alegria não se dão. E que quase sempre, um puxa o outro como cabo de guerra e joga o outro derrotado para mergulhar na lama do desgosto. Que um e outro, sabem bem das coisas... Mas não é tão difícil perceber logo que o que é bom é bom, e o que é ruim é ruim. E então começa a melhorar...

Faz coisa boa ali, colhe boa lá. Não foi bom lá, deu problema cá. E assim vai. Na balança do mundo que não falha e que todo sofrimento espalha. Até o fim... Com o justo acertado, o caminho marcado e o amor no peito. As escolhas já feitas, as respostas já dadas e balança balançada. Dito e feito, pronto e realizado de todo modo. E que daí pra frente o sujeito dê conta do recado.

Uma canção (de amor?)

Será que o mundo vai parar
quando eu te encontrar?
Será que vai ser
o dia de esquecer
tudo o que passou?
Eu
Que sigo ainda assim meio perdido
Que vejo o seu olhar meio escondido
Já sei que é o tempo de parar
De deixar, de me livrar, de virar...

Aquele que busca, que corre, que vai e volta,
que chega, que sai,
que inunda, que invade, que chora,
que perde a hora, que encontra, que cai...
Aquele que grita, que fala, que amansa, que trança,
que pesa, que dança,
que canta, que diz, que dorme, que enrosca,
que cheira, que come, que encanta, que fui...

Aquele que o amor prometeu e jurou
ser filho da vida e do encanto da flor
dos olhos de um sonho de amor
transformado em um pouco de dor...

obs.: não era pra ser assim, mas saiu assim...