por onde andará meu pensamento...
Me espanto, me assusto e me alegro com os caminhos que de vez em quando encontro nos meus pensamentos...



sábado, 26 de junho de 2010

A verdade é que escrever isso é a minha mais pura realidade cruzada. Cruzada de mim mesmo. Escrever é me encontrar num outro ponto. E como tenho necessidade disso: escrever. Ontem, perto das 20h, quando a lua já tinha posicionado direito e as estrelas já ocupavam bem o espaço, ouvi um canto de tristeza e de dor. E era bonito. Sobretudo bonito. Não que eu admirasse a beleza da dor ou coisa do tipo, mas aquilo bateu em mim e me fez flutuar em ondas sonoras mais belas que o barulho dos carros, dos ônibus, das vozes aflitas, dos motores, computadores e das dores do mundo. Dores não ditas, não admitidas; dores amargas e constantes num mundo machucado. Essa voz era de dor, mas expurgava de todo o corpo as possíveis mágoas, os possíveis (reais) nós. Desfazia. Desatava. Canto. Canto e desato os meus nós. Canto pra mim, pra minha alma, pra minha vida. E de canto em canto, por todo canto quero viver a paz de uma dor aliviada. Almejo e espero o canto. Vivo. Canto.